Efeitos do Tratamento com L-Arginina sobre a Inflamação em células MDA-MB-231 de Câncer de Mama Triplo Negativo
Nome: LORENA SOUZA RITTBERG MAURICIO
Data de publicação: 21/03/2025
Banca:
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Papel |
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FLAVIA IMBROISI VALLE ERRERA | Examinador Interno |
GIRLÂNDIA ALEXANDRE BRASIL AMORIM | Examinador Externo |
SONIA ALVES GOUVEA | Presidente |
Resumo: O câncer de mama triplo negativo (TNBC) é uma forma particularmente agressiva de câncer de mama, caracterizada pela falta de receptores de estrogênio, progesterona e receptor do fator de crescimento epidérmico humano tipo 2 (HER2). A falta de
receptores moleculares específicos restringe as opções terapêuticas disponíveis e está associada a um prognóstico desfavorável em comparação com outros subtipos de câncer de mama que expressam esses receptores, como luminal A. Diante da
escassez de alvos terapêuticos no câncer de mama triplo-negativo, estratégias que influencie mecanismos células envolvidos na progressão tumoral têm sido investigadas. Nesse contexto, a L-arginina, um aminoácido semiessencial, tem ganhado atenção nas pesquisas por seu potencial em modular a inflamação e o metabolismo tumoral, o que pode, por sua vez, influenciar ositivamente a resposta ao tratamento. O objetivo principal é avaliar os efeitos da L-arginina sobre a via inflamatória NF-kB e a via de resistência terapêutica Nrf2 em células de câncer de mama triplo negativo (MDA-MB 231). Para tanto as células da linhagem MDA-MB-231 foram submetidas a diferentes concentrações de L-arginina (800ug/ml; 1600ug/ml; e 3200ug/ml) por 48h. O ensaio AlamarBlue® foi utilizado para medir a proliferação e avaliar a viabilidade celular. Para avaliar a expressão de Nrf2 e NF-kB,
foi realizado o método de Western Blot e as citocinas inflamatórias foram quantificadas através de citometria de fluxo. Os resultados mostraram que a Larginina diminuiu a viabilidade celular das células MDA MB 231 em concentrações mais altas; houve aumento da expressão de Nrf2 e NF-kb, que podem estar ativando a via da ferroptose; aumento dos níveis de citocinas como IL-17A, IL-6, IL-2 e IFN-; diminuição de IL-10 e não houve alterações significativas entre os grupos IL-4 e TNF- . Esses achados sugerem que a L-arginina tem potencial como estratégia terapêutica no câncer de mama, especialmente no contexto de tumores agressivos como o TNBC.