Investigação do polimorfismo Rs7903146 no gene Tcf7l2 como biomarcador de transtorno neurocognitivo

Nome: PAOLA SOSSAI AGUIAR
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 01/09/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FLAVIA IMBROISI VALLE ERRERA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLOS MAGNO DA COSTA MARANDUBA Examinador Externo
FLAVIA IMBROISI VALLE ERRERA Orientador
SONIA ALVES GOUVEA Examinador Interno

Resumo: AGUIAR, P.S. Investigação do polimorfismo rs7903146 no gene TCF7L2 como biomarcador de Transtorno Neurocognitivo, 2021. 128f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) – Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, UFES, Espírito Santo. Brasil.
O gene TCF7L2, associado a hiperglicemia, hiperinsulinemia e mais recentemente à diminuição de volume de regiões cerebrais, participa da via Wnt, um conjunto de vias de transdução conservadas e amplamente expressas em todo o organismo. Importante para a homeostase da glicose e para funções de crescimento, metabolismo e sobrevivência celular, esta via de sinalização exerce grande impacto no desenvolvimento e manutenção da função neuronal adequada no cérebro humano. Evidências recentes apontam para uma arquitetura genética compartilhada entre alterações metabólicas, a teoria do Diabetes Mellitus (DM) Tipo 3, e Transtorno Neurocognitivo (TNC) envolvendo o locus TCF7L2. A hiperinsulinemia cerebral relacionada a desregulações em vias de sinalização, principalmente a via Wnt, aceleraria o depósito de proteínas anormais no cérebro e diminuiria o metabolismo cerebral de glicose. A hipótese em investigação é a de que o polimorfismo rs7903146 no TCF7L2, o sinal GWAS mais forte para o DM Tipo 2, está associado ao desenvolvimento de TNC. Participantes do estudo “Saúde, bem-estar e envelhecimento”, com dados completos sobre idade, sexo, DM e Acidente Vascular Encefálico (AVE) (N=1118), foram classificados para TNC utilizando a pontuação obtida no Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Participantes que pontuaram abaixo da linha de corte (13) do MEEM, foram considerados portadores de TNC (N=144). O TNC teve 1,62 vezes mais chance de ocorrer em homozigotos para o alelo C em comparação aos portadores dos demais genótipos (χ2 = 7,189; P = 0,007; OR 1,62 IC 95% 1,14 –2,30). Dentre os de idade igual ou superior a 80 anos, portadores homozigotos para C tiveram média de 2 pontos mais baixa no MEEM (P = 0,003). Além do TNC, o alelo C também foi associado a obesidade (χ2 = 7,198; P = 0,007; OR 1,43 IC 95% 1,101–1,868 RR 1,282 IC 95% 1,069–1,537) e ao aumento da circunferência abdominal (χ2 = 4,346; P = 0,037; OR 1,296 IC 95% 1,02–1,66; RR 1,13 IC 95% 1,01-1,27). Por outro lado, o alelo T em homozigose se mostrou de risco para hiperglicemia (χ2 = 4,874; P = 0,027; OR 1,59 IC 95% 1,05–2,41; RR 1,04 IC 95% 1,01-1,08) e DM (χ2 = 7,00; P = 0,008; OR 1,8 IC 95% 1,20–2,80; RR 1,50 IC 95% 1,10–2,00), assim como para o AVE (χ2 = 7,143; P = 0,008; OR 2,22 IC 95% 1,22– 4,03; RR 1,10 IC 95% 1,01-1,21). A DM não foi associada ao risco de TNC. Os resultados encontrados reforçam a hipótese de que o TNC têm uma arquitetura genética complexa compartilhada com traços metabólicos.
Palavras-chave: Via de Sinalização Wnt. Proteína 2 Semelhante ao Fator 7 de Transcrição. Genótipo. Demência.

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