PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO E O
EMPREGO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO TRATAMENTO

Nome: BÁRBARA FREITAS FREIRE MESQUITA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/08/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SONIA ALVES GOUVEA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CAMILLE DE MOURA BALARINI Examinador Externo
MARCO CESAR CUNEGUNDES GUIMARÃES Examinador Interno
NAZARE SOUZA BISSOLI Examinador Externo
SANDRA LÚCIA VENTORIN VON ZEIDLER Coorientador
SONIA ALVES GOUVEA Orientador

Resumo: Introdução: O câncer de cabeça e pescoço (CCP) inclui cânceres originados na
cavidade oral, na orofaringe e na laringe. Os tratamentos mais comuns são cirurgia,
radioterapia e quimioterapia, e muitos efeitos adversos a estes últimos são
conhecidos. Atualmente, busca-se novas tecnologias visando melhora no
prognóstico aliada a redução dos efeitos colaterais. As tecnologias da saúde podem
ser classificadas em hardware e software. As tecnologias hardware incluem os
artefatos como os instrumentos e medicamentos. As tecnologias software
contemplam os instrumentos sociais, que utilizam tecnologias de relações como
produção de vínculo, acolhimento e cuidado.
Objetivo: Objetivou-se descrever o perfil epidemiológico de pacientes com CCP e
analisar a importância do emprego de novas tecnologias para maior eficiência no
tratamento e aumento na qualidade de vida dos indivíduos.
Metodologia: Foi realizado um estudo em 273 pacientes com CCP do Hospital
Santa Rita de Cássia em Vitória-ES, de 2012 a 2015. Foram obtidos dados de
estadiamento e localização do tumor, história do consumo de álcool e tabaco, além
das variáveis de gênero e idade, e medidas antropométricas e pressão arterial. Os
dados foram obtidos a partir de entrevista, aferições no paciente e análise de
prontuários. Os dados foram coletados antes e após o tratamento. Os dados foram
apresentados em média ± DP e frequência. Foram aplicados o teste Qui quadrado,
teste exato de Fischer, teste de Wilcoxon e Mann Whitney, além de correlação de
Spearman. Foram utilizados os softwares SPSS (Statistical Package for the Social
Sciences), e Prisma. O valor de p < 0,05 foi considerado significativo.
Resultados: Foi demonstrado que mais de 82% de pacientes são homens e a idade
média de diagnóstico é de 59 anos. A maioria dos pacientes apresentou
estadiamento avançado. O sítio mais acometido foi a cavidade oral, e quanto ao
tratamento, metade dos pacientes foram submetidos à quimioterapia e mais de 2\3
passaram por radioterapia e 38% por cirurgia. Grande parte dos pacientes
permanece tabagista e\ou etilista após o diagnóstico. Mais de 71% dos indivíduos
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que fumam e\ou bebem, apresentaram estadiamento avançado. Os fumantes
apresentaram índice de massa corporal (IMC) menor que os não fumantes, tanto
antes quanto após o tratamento. O IMC de tabagistas e etilistas foi menor do que de
ambos abstêmios. Após o tratamento, houve redução significativa da Pressão arterial
média.
Conclusão: Foi observado que a maioria dos indivíduos permanece tabagista após
o diagnóstico e que um baixo IMC está associado a um estadiamento avançado da
doença. O paciente que recebe o tratamento e permanece tabagista e\ou etilista,
reduz substancialmente suas chances de remissão, além disso, a perda de peso
resultante dos efeitos adversos e também da manutenção do tabagismo e etilismo
podem levar a um prognóstico pior. Aliar a aplicação de tecnologias software mostra-
se tão importante quanto o uso das tecnologias hardware. Ao final deste trabalho são
propostas ações simples para mitigar os efeitos colaterais e potencializar o efeito
terapêutico diante deste perfil, com o objetivo de aumentar a capacidade do
indivíduo receber e responder positivamente ao tratamento.
Palavras-chave: Câncer de cabeça e pescoço, tratamento, novas tecnologias,
qualidade de vida.

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