Efeito Neuroprotetor da Resina de Virola oleifera na Isquemia Cerebral Induzida em Camundongos Hipercolesterolêmicos Knockout para ApoE
Nome: MARCOS ALVES DE SOUZA PEÇANHA
Data de publicação: 17/03/2025
Banca:
Nome![]() |
Papel |
---|---|
ADILSON RIBEIRO PRADO | Examinador Externo |
BRENO VALENTIM NOGUEIRA | Presidente |
JAIRO PINTO DE OLIVEIRA | Examinador Interno |
LARISSA ZAMBOM CÔCO | Examinador Externo |
RAFAELA AIRES | Examinador Externo |
Resumo: O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) permanece como um desafio para a saúde pública mundial, afetando milhões de pessoas e impactando na qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares. Caracterizado por mecanismos fisiopatológicos complexos, como hipoperfusão cerebral, excitotoxicidade e estresse oxidativo, o AVCi é agravado pela hipercolesterolemia, um fator importante que intensifica as lesões neuronais e os processos inflamatórios. Diante das limitações das terapias convencionais, cresce o interesse por alternativas naturais capazes de oferecer neuroproteção. Este estudo avaliou o potencial neuroprotetor da resina de Virola oleífera, uma planta amazônica rica em compostos fenólicos e flavonoides, em
camundongos ApoE-/- com hipercolesterolemia submetida à isquemia cerebral global. Os animais receberam resina por via oral (300 mg/kg/dia) durante sete dias antes da indução do AVCi. Após 48 horas, foram realizadas avaliações comportamentais,
bioquímicas e histológicas. Os resultados revelaram que o tratamento com Virola oleífera reduziu significativamente a área de infarto cerebral, melhorou funções motoras e cognitivas e diminuiu a quantidade de neurônios necróticos no córtex
afetado. Além disso, observou-se uma redução dos níveis de colesterol total, LDL e triglicerídeos, bem como dos produtos avançados de oxidação proteica (AOPPs), redução do estresse oxidativo e da inflamação. Esses achados sugerem que a resina
de Virola oleífera atua de forma multifatorial, protegendo o cérebro contra os danos da isquemia, especialmente em condições de risco metabólico. Os dados obtidos reforçam o potencial biotecnológico deste recurso natural como base para o
desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas voltadas à prevenção e ao tratamento do AVCi, incentivando a realização de futuras pesquisas translacionais e clínicas.