NANOPARTÍCULAS SUPERPARAMAGNÉTICAS DE ÓXIDO DE FERRO: ESTRATÉGIAS DE SÍNTESE E FUNCIONALIZAÇÃO PARA ADSORÇÃO DE PROTEÍNAS E DETECÇÃO DE ANTICORPOS

Nome: WANDERSON JUVENCIO KEIJOK

Data de publicação: 21/02/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRÉ LINHARES ROSSI Examinador Externo
BRENO VALENTIM NOGUEIRA Examinador Interno
EMÍLIO DE CASTRO MIGUEL Examinador Externo
JAIRO PINTO DE OLIVEIRA Examinador Interno
MARCO CESAR CUNEGUNDES GUIMARAES Presidente

Resumo: A detecção rápida e precisa de biomoléculas, como proteínas e anticorpos, é crucial para o avanço das tecnologias biotecnológicas e para o diagnóstico de doenças infecciosas. Neste contexto, as nanopartículas de óxido de ferro superparamagnéticas (SPIONs) são plataformas promissoras devido às suas propriedades únicas, como alta área de superfície, superparamagnetismo e facilidade de funcionalização. Este trabalho explora o uso de SPIONs em duas aplicações distintas, demonstrando seu potencial em biotecnologia. No primeiro estudo, desenvolvemos SPIONs estabilizadas com tetraetoxissilano (TEOS) para a adsorção eficiente de albumina de soro bovino (BSA) como modelo. Utilizando planejamento fatorial e metodologia de superfície de resposta (RSM), sintetizamos nanopartículas com diâmetro médio de 11,06 ± 0,84 nm e capacidade de adsorção de 87,8 ± 1,79 mg de BSA por grama. As SPIONs demonstraram alta estabilidade coloidal e potencial zeta de -46,24 mV, eficazes em pH de 2 a 10 e concentrações salinas de até 1M, tornando-as ideais para a imobilização de biomoléculas. No segundo estudo, investigamos a funcionalidade das SPIONs com a proteína Spike do SARS-CoV-2 para a detecção de anticorpos IgG no sangue humano. As SPIONs foram sintetizadas por coprecipitação e funcionalizadas com (3-aminopropil) trietoxissilano (APTS), permitindo uma conjugação eficiente da proteína Spike. A caracterização por FTIR, espectroscopia Raman e difração de raios X confirmou a presença de PEG, APTS e integridade cristalina. A capacidade de adsorção máxima da proteína Spike foi de 8 ± 1,14 mg por 20 mg de SPIONs. O sensor demonstrou alta sensibilidade, com limite de detecção de 0,5 ng/mL para IgG, coletado ao ELISA. A validação com amostras de sangue humano mostrou alta sensibilidade e especificidade na detecção precoce de infecção.
Este trabalho destaca o potencial das SPIONs como ferramentas versáteis e eficazes em aplicações biomédicas, oferecendo soluções inovadoras para desafios críticos no campo da biotecnologia e diagnóstico clínico.

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