EFEITOS DA APLICAÇÃO DE ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA E INTERFACE CÉREBRO-COMPUTADOR NA ATIVIDADE CEREBRAL E FUNÇÃO FÍSICA DE MEMBROS INFERIORES DE PACIENTES PÓS-AVC
Nome: JESSICA PAOLA SOUZA LIMA
Data de publicação: 26/08/2024
Banca:
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Papel |
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ADRIANO DE OLIVEIRA ANDRADE | Examinador Externo |
BRENO VALENTIM NOGUEIRA | Examinador Interno |
CAROLINE CUNHA DO ESPÍRITO SANTO | Examinador Externo |
ELIETE MARIA DE OLIVEIRA CALDEIRA | Examinador Externo |
TEODIANO FREIRE BASTOS FILHO | Presidente |
Resumo: A restauração da função motora após um AVC é complexa, envolvendo neuroplasticidade, recuperação espontânea e intervenções terapêuticas. Apesar dos avanços na reabilitação motora de sujeitos pós-AVC, ainda existem lacunas, especialmente para pacientes crônicos. Esta pesquisa visa avaliar a evolução da funcionalidade de sujeitos que sofreram AVC após a aplicação de um protocolo que combina Eletroestimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) com uma Interface Cérebro-Computador (ICC) baseada em Imagética Motora (IM), integrando também Realidade Virtual (RV) e um Pedal Motorizado (PM). Inicialmente, uma Revisão Sistemática da literatura foi realizada com base no framework PICOS, estudando participantes adultos com sequelas crônicas de AVC (P) submetidos a ETCC direcionada ao córtex cerebral (I), comparados com estimulação sham ou outras abordagens comuns de reabilitação (C), focando na função dos membros inferiores (O), em ensaios clínicos randomizados (S). O estudo adotou o desenho Alternating Treatment Design (ATD), com ETCC aplicada por 20 minutos a 2 mA, seguida por treinamento motor de 20 minutos com a ICC, cinco vezes por semana, durante duas semanas. As avaliações funcionais e somatossensoriais foram feitas semanalmente por escalas padronizadas e comparadas usando o Teste de Friedman. Os efeitos corticais foram analisados através da variação dos padrões de Dessincronização Relacionada (ERD) e conectividade cerebral, coletados por eletroencefalograma (EEG). Os resultados mostraram melhorias na força muscular, amplitude de movimento e capacidade funcional do paciente selecionado. Além disso, a análise de EEG revelou aumento da atividade neural com o uso combinado de ETCC e ICC, em comparação com o Baseline e o Sham. Recomenda-se fortemente a continuação da pesquisa nesse campo, explorando diferentes parâmetros de estimulação, populações de pacientes e o uso de tecnologias emergentes, como a neuroimagem funcional.