RELAÇÃO das Proteínas da Via de Estresse
oxidativo e Reparo de Dna Com Elementostraço, Hábitos de Vida e Prognóstico Em
pacientes Com Carcinoma Epidermoide De
cavidade Oral
Nome: ARICIA LEONE EVANGELISTA MONTEIRO DE ASSIS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 09/05/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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BRENO VALENTIM NOGUEIRA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ADRIANA MADEIRA ALVARES DA SILVA | Coorientador |
BRENO VALENTIM NOGUEIRA | Orientador |
LEONARDO OLIVEIRA TRIVILIN | Examinador Externo |
MARCELO DOS SANTOS | Examinador Externo |
MARCO CESAR CUNEGUNDES GUIMARÃES | Examinador Interno |
Páginas
Resumo: Introdução: Metais e metaloides, constituintes do tabaco, são responsáveis pela geração de espécies reativas de oxigênio (ERO) e possuem forte associação no desenvolvimento do carcinoma de células escamosas de cavidade oral. O estresse oxidativo pode levar a danos no DNA, RNA, lipídios e proteínas. Além disso, EROs podem prejudicar o funcionamento do sistema de reparo do DNA, contribuindo para o desenvolvimento de doenças, como o câncer. Porém, as células contam com mecanismos antioxidantes para a manutenção da homeostasia oxidativa e de reparo do DNA, e o entendimento desses mecanismos ajudaria na elucidação do envolvimento do estresse oxidativo no prognóstico do câncer de cavidade oral. Assim, se objetivou, com este estudo, entender os mecanismos e interações celulares de enzimas do estressse oxidativo e de reparo e suas associações com características epidemiológicas, prognoiticas e elementos químicos presentes nas amostras tumorais. Casuística e Métodos: Para tanto, foi realizada análise da expressão das proteínas envolvidas no estresse oxidativo (SOD-1 e Trx) e de reparo (Ref-1 e OGG1/2) em 78 pacientes com câncer oral por imunohistoquímica. A caracterização elementar dos elementos químicos foi realizada por meio da técnica de μ-XRF e posteriormente foram verificadas as associações com características epidemiológicas e prognósticas dos pacientes. Resultados: As análises das inter-relações proteicas com estilo de vida mostraram que o habito tabagista está associado ao aumento da expressão de SOD-1, OGG1/2 e Trx. Quanto à presença dos elementos, observou-se que o elemento cromo esteve associado com aumento da expressão de Ref-1 e Trx, o níquel, com a diminuição Ref-1 e o magnésio, com a diminuição de OGG 1/2. Observou-se também uma forte associação proteína-proteína de OGG 1/ 2 com SOD-1. Os resultados observados, em relação ao prognóstico dos pacientes, mostraram que os elementos cloro e cromo foram associados à recorrência do tumor. A invasão perineural e vascular foram indicadores importantes para agressão e prognóstico tumoral e a expressão de SOD-1, Trx e Ref-1 mostrou relação prognóstica com o crescimento tumoral. O hábito alcoólico e a invasão vascular tiveram impacto na sobrevida livre de doença e
específica para doença. Conclusões: Os dados reforçam a associação do hábito tabagista na expressão das proteínas envolvidas na via de estresse oxidativo e reparo de DNA, levando a uma melhor compreensão da atuação dos elementos químicos, absorvidos por meio do hábito tabagista, na possível modulação da expressão das proteínas no prognóstico do câncer oral e demostrando que novos marcadores devem ser validados e podem ser adicionados aos parâmetros clínicos e patológicos usuais. Além disso, a avaliação de hábitos, como o uso de álcool, e de fatores prognósticos tradicionalmente utilizados na prática clínica, como a avaliação histopatológica da invasão perineural e vascular devem ser considerados, pois estão relacionados ao pior prognóstico e são importantes na avaliação do tumor.