Implantação do protocolo de detecção de HPV e monitoramento do novo Sistema de Estadiamento como estratégias para reduzir a morbi-mortalidade e aumentar a efetividade da conduta terapêutica em câncer de cabeça e pescoço

Resumo: Papilomavirus Humano (HPV). Isto tem tornado-se ainda mais importante à medida em que novos estudos têm
mostrado que indivíduos com câncer de orofaringe HPV-positivos apresentam melhor resposta ao tratamento, com
sobrevida global média de 02 anos mais elevada, quando comparados a indivíduos HPV-negativos: 87,5%-95% versus
62-67,2% respectivamente. Diferente de outros tumores de cabeça e pescoço, o carcinoma epidermóide de orofaringe
associado ao HPV acomete indivíduos jovens, tipicamente entre 30-50 anos, em geral não tabagistas e não etilistas,
que frequentemente estão empregados e têm famílias jovens. A terapia utilizada para estes tumores é multimodal e
consiste em cirurgia, associada ou não à radioquimioterapia, levando a considerável toxicidade aguda e tardia. Dentre
os efeitos tardios estão a dor, ulceração, dificuldades na fala e deglutição, dependência de alimentação por meio de
sondas, problemas psicológicos e diminuição da qualidade de vida. Estes efeitos podem impedir que muitos indivíduos
retornem ao trabalho e às atividades normais, requerendo terapia reabilitadora de suporte por longo prazo. Assim,
nossa proposta é implementar o novo sistema de estadiamento clínico dos tumores de orofaringe, treinando e
capacitando os profissionais da saúde do Espírito Santo para utilizá-lo. Para que este novo sistema de estadiamento
seja aplicado é preciso que o status de infecção pelo HPV seja determinado utilizando análise imunohistoquímica da
proteína p16, que é um indicador da presença do vírus. No entanto, atualmente esta técnica não é feita de rotina no
Sistema Único de Saúde, e nem todos os casos p16 positivos são, de fato, HPV-positivos, sendo necessária a
utilização de testes mais sensíveis e específicos. Desta forma, estamos propondo implementar uma técnica
recentemente desenvolvida para detecção de RNA mensageiro viral capaz de identificar as oncoproteínas E6 e E7 do
HPV de alto risco e, portanto, determinar infecção biologicamente relevante na patogênese tumoral. Portanto, o objetivo
final é implementar a detecção de HPV na rotina clínica do SUS, como método economicamente viável e tecnicamente
efetivo. Assim, espera-se com a implementação desse novo sistema de estadiamento estratificar os indivíduos para a
seleção de tratamentos mais individualizados e efetivos, além de melhorar a acurácia em predizer o comportamento
biológico destes tumores, garantindo a assistência à saúde de forma mais efetiva, eficiente e segura. Com isto,
poderiam ser instituídos tratamentos menos agressivos para tumores com melhor resposta, ou intensificar a abordagem
terapêutica em tumores com prognóstico ruim, impactando diretamente na melhoria do cuidado à saúde e no custo do
tratamento.

Data de início: 01/09/2018
Prazo (meses): 60

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Aluno Doutorado PRISCILA MARINHO DE ABREU
Aluno Doutorado ANNA CLARA GREGORIO CÓ
Aluno Doutorado WILLENE DOS SANTOS MACHADO ZORZANELI
Aluno Mestrado PAMELA RIBEIRO DA SILVA
Aluno Mestrado CAMILA BATISTA DANIEL

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