TERAPIA CELULAR NO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Resumo: O acidente vascular encefálico (AVE), é uma das doenças que mais matam no mundo. Segundo dados de 2005 da American Heart Association AVE é a principal causa de incapacidade crônica em adultos, tendo a hipertensão e aterosclerose como os principais fatores de risco. O Brasil não é diferente frente a este agravo, segundo o Ministério da Saúde o AVE é uma das doenças vasculares de maior prevalência e uma das principais causas de mortalidade, o que representa um grave problema social. O país está entre os dez primeiros países com maiores índices de mortalidade por AVE. O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou no ano de 2008 cerca de 200 mil internações por AVE, que resultaram em um custo de aproximadamente R$ 270 milhões para os cofres públicos. Desse total, 33 mil casos evoluíram para óbito. É a maior causa de incapacitação da população na faixa etária superior a 50 anos, sendo responsável por 40% das aposentadorias precoces no Brasil.
O AVE do tipo isquêmico corresponde a 80% dos casos, sendo caracterizado pela interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro por um coágulo (trombo), causando a morte neuronal da área irrigada pelo mesmo. O tratamento envolve a remoção do trombo para que o fluxo sanguíneo seja reestabelecido na área de penumbra isquêmica. Isso pode ser feito por meio de cateteres, que removem mecanicamente o coágulo (trombólise mecânica) ou através de medicamentos (trombólise química). O tratamento trombolítico endovenoso é utilizado desde 1995. Ainda hoje, o ácido acetilsalicílico (AAS), que apenas diminui o risco de um novo AVE e, por isso é tido como um método de prevenção secundária, continua sendo o medicamento de escolha na maioria dos hospitais, devido o alto custo do trombolítico ou despreparo dos profissionais de saúde. Diante desse fato, tornam-se imprescindíveis a criação de novas abordagens terapêuticas, como o uso de hormônios e fatores de crescimento (ex. eritropoetina, G-CSF, NGF) que possam reduzir a extensão da lesão cerebral e até mesmo estimular a neurogênese, o desenvolvimento de novas conexões nervosas e o surgimento de novos vasos sanguíneos.

Data de início: 20/05/2010
Prazo (meses): 36

Participantes:

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Coordenador BRENO VALENTIM NOGUEIRA
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