TRATAMENTO COM G-CSF EM CAMUNDONGOS HIPERTENSOS
Resumo: Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que as doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% das mortes em todo o mundo, tornado-se um problema de saúde pública mundial. Dentre as doenças cardiovasculares destaca-se a hipertensão arterial sistêmica que incide aproximadamente em um bilhão de pessoas no mundo (Kaplan, 1997). A hipertensão renovascular ocorre entre 2 a 5% de todos os casos de hipertensão (Lewandowski, 2003). A hipertensão está presente em mais de 80% dos pacientes com insuficiência renal crônica (Izzo & Black, 2003). A retenção de sódio e a ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) tem sido considerado o mais importante mecanismo na elevação da pressão arterial em pacientes com doença renal (Guyton et al., 1999; Schiffrin et al., 2007). A redução da pressão de perfusão renal por estenose de uma ou ambas as artérias renais causa hipertensão renovascular unilateral ou bilateral através de uma inapropriada atividade do SRAA prejudicando a excreção de sódio e água. O aumento do SRA intrarenal tem sido implicado na progressão da hipertensão e lesão renal de modelos experimentais e no homem. Muitos estudos têm demonstrado renoproteção significante através do bloqueio do SRA comparado com outras drogas anti-hipertensivas, sugerindo um papel crucial da ativação do SRA intrarenal nas doenças renais humanas (Kobori et al., 2007). Apesar do avanço na compreensão dessas doenças, ainda é necessário à elucidação de determinados mecanismos fisiopatológicos, e a busca de novos tratamentos torna-se imprescindível.
O fator estimulador de colônia de granulócitos (G-CSF) é uma citocina clinicamente utilizada em situações de neutropenia. Iwasaki et al., demonstraram em 2005 o efeito protetor do G-CSF sobre a lesão tubular renal de camundongos induzida pela cisplatina. Recentemente, estudos também demonstraram a capacidade protetora e regenerativa do G-CSF em modelos animais de isquemia cardíaca, renal e cerebral (Takano et al., 2006; Nishida et al., 2004; Toth et al., 2008). A lesão isquêmica renal no modelo murino de hipertensão 2R1C torna-se um alvo potencial para a terapia com G-CSF. Além disso, não foram encontrados na literatura estudos que relacionassem a influência do G-CSF sobre a hipertensão renovascular, o que torna o presente projeto de estudo inédito e relevante.
Data de início: 08/08/2009
Prazo (meses): 36
Participantes:
Papel | Nome |
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Coordenador | BRENO VALENTIM NOGUEIRA |
Pesquisador | MARCO CESAR CUNEGUNDES GUIMARÃES |
Técnicos | JAIRO PINTO DE OLIVEIRA |
Técnicos | CHRISTINE FACCO SATURNINO |