O IMPACTO DO COVID-19 NO DESENVOLVIMENTO DAS COAGULOPATIAS.

Resumo: Introdução: A humanidade vem acompanhando desde dezembro de 2019 o surto de um novo coronavírus original da cidade de Wuhan, na China, e desde 11 de março declarado como pandemia pela Organização Mundial da Saúde. Diversos artigos apontam como uma das principais causas de óbito são os distúrbios da coagulação. O mecanismo do desenvolvimento do processo inflamatório associado ao vírus SARS-COV2 leva a ativação anormal do sistema de coagulação, que se manifesta patologicamente como vasculite generalizada de pequenos vasos e microtrombose na região alveolar. A ocorrência de trombose venosa esporádica, associada a uma alteração genética isolada, é relativamente baixa, no entanto, a presença de mutações em vários genes ou a associação a outros fatores de risco aumenta significativamente as chances de ocorrência da doença, como na infecção por SAR-COV2. A maior ocorrência de anticorpos antifosfolípedes também foram relatadas na literatura em pacientes com COVID-19 internados, preditor de SAAF. Assim, a investigação de fatores genéticos e adquiridos que alteram o sistema hemostático possuem alta relevância no prognóstico dos pacientes com COVID-19.
Objetivo: Investigar alterações moleculares, dos sistemas hemostático e inflamatório, grupo sanguíneo ABO e a presença de anticorpos adquiridos em pacientes testados positivos para COVID-19, bem como a associação dessas com a severidade da doença e potencial ocorrência de complicações trombóticas.
Metodologia: Serão selecionados no período de agosto a outubro de 2020 400 pacientes distribuídos em 3 grupos: GRUPO A: Pacientes COVID-19 positivos com sintomas leves ou moderados sem necessidade de internação, que servirão de pacientes controle; GRUPO B: Pacientes COVID-19 positivos com sintomas severos, que precisaram de internação enfermaria; e GRUPO C: Pacientes COVID-19 positivos com sintomas severos, que precisaram de internação UTI. Serão aplicados questionários para avaliação de condições clínicas pré-existentes significativas e realizados estudos genéticos das trombofilias como a mutação do Fator V de Leiden (G169A-FatorV) e Mutação do gene da protrombina (G20210A – Fator II); Ensaios para avaliação trombótica, como contagem de plaquetas, Tempo de Protrombina, Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado, Fibrinogênio, D-Dímero, Fator VIII, Fator de von Willebrand, Resistência à Proteína C ativada, Anticoagulante Lúpico (AL), Anticorpos antifosfolípedes como o Anti-cardiolipina IgG/IgM e Anti-B2 glicoproteína I IgG/IgM (a-Cl IgG/IgM e a-B2 IgG/IgM) e Tipagem sanguínea; Detecção de Biomarcadores inflamatórios, como a Proteína C reativa Ultrassensível e Interleucina 6; E pesquisa de anti-SARS-COV2 no grupo controle. Na análise dos dados (SPSS 18.0), para comparar os grupos A, B, C e D em relação as variáveis clínicas, será utilizado o teste do qui-quadrado ou Exato de Fischer (variáveis categóricas), e o teste t de Student ou teste U de Mann-Whitney (variáveis contínuas).

Data de início: 01/02/2020
Prazo (meses): 48

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Coordenador IURI DRUMOND LOURO (M/D)
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