Avaliação da expressão de proteínas da via de hipóxia em pacientes com carcinoma oral e de orofaringe: relação com as características histopatológicas e clínicas

Nome: GABRIELA TONINI PETERLE
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/02/2014
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANA MADEIRA ALVARES DA SILVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANA MADEIRA ALVARES DA SILVA Orientador
FÁBIO DAUMAS NUNES Examinador Externo
GREICIANE GABURRO PANETO Examinador Interno
IURI DRUMOND LOURO (M/D) Coorientador

Resumo: O carcinoma epidermoide de cavidade oral (CEC oral) é uma causa
significativa de mortalidade e morbidade e está relacionado, principalmente, ao uso do álcool e tabaco. Alguns marcadores genéticos de resposta ao tratamento e evolução clínica já foram identificados para esse carcinoma, como a HIF1α, a qual promove a transcrição de genes como CA-IX, PAI-1 e VEGF envolvidos na resposta celular à hipóxia. Com o intuito de observar as influências dessas proteínas nas características clinicopatológicas e prognósticas tumorais, bem como observar a atuação dos constituintes do tabaco no mecanismo de hipóxia, foi realizada uma análise semi-quantitativa
de 52 pacientes com CEC oral, por meio de imuno-histoquímica, sendo os cálculos e gráficos estatísticos feitos através do software Epi Info® v3.4.3, 2007. A frequência de positividade da expressão CA-IX confirmou a existência de diferenças biológicas entre as expressões negativa e positiva da proteína (p=0,027). Desta forma, a expressão citoplasmática positiva mostrou uma relação significante com a ocorrência de linfonodos acometidos (p=0,025) e a expressão membranar negativa de CA-IX foi predominante nos casos com o
infiltrado inflamatório intenso (p=0,044). Em relação às curvas de sobrevida, as expressões positivas fraca e forte de CA-IX membranar mostraram significância referente à Sobrevida Livre de Doença Local (LDL) (p=0,038); já as expressões citoplasmáticas negativa e positiva da proteína apresentaram significância para a Sobrevida Doença Específica (DE) (p=0,022). A análise multivariada confirmou a expressão citoplasmática de CA-IX como um fator de risco para a ocorrência de óbito doença específica, aumentando esse risco em aproximadamente 3x (HR=2,84; IC= 1,02-7,87). Em relação ao PAI-1, o nível da expressão citoplasmática da proteína mostrou relação significante com o
grau de diferenciação tumoral (p=0,027) e as expressões citoplasmáticas e membranares positivas apresentaram associação com o infiltrado inflamatório moderado (p=0,013; p=0,033, respectivamente). Já para as características prognósticas, as expressões membranares negativa e positiva de PAI-1 apresentaram uma associação significante com a recidiva local (p=0,027). A análise multivariada confirmou a expressão membranar positiva de PAI-1 como
um fator de risco para a ocorrência dessa recidiva, aumentando esse risco em aproximadamente 14x (OR=14,49; IC= 1,40-150,01). O grau de diferenciação tumoral também foi significantemente associado com as expressões citoplasmáticas negativa e positiva de VEGF (p=0,035) e foi observada uma relação entre a presença do infiltrado inflamatório e as expressões positivas fraca e forte da proteína (p=0,038). Por fim, não foram encontradas significâncias estatísticas entre o hábito tabagista e as expressões de CA-IX, PAI-1 e VEGF, no entanto, acredita-se que este resultado foi decorrente da composição da casuística do trabalho. Assim, a busca de biomarcadores para o CEC oral é um desafio que deve ser assumido por grupos de pesquisas que
trabalham com a doença, com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos pacientes e elucidar mecanismos da gênese tumoral que ainda não foram compreendidos.

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