ANÁLISE DIAGNÓSTICA E FILOGENÉTICA DO VÍRUS DA DENGUE TIPO 2 NO ESPÍRITO SANTO

Nome: RAQUEL SPINASSÉ DETTOGNI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 10/02/2011
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
IURI DRUMOND LOURO (M/D) Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
IURI DRUMOND LOURO (M/D) Orientador

Resumo: RESUMO

A dengue é uma doença endêmica do estado do Espírito Santo, Brasil, considerada um grave problema da saúde pública. Os vírus da dengue tipo 1, 2 e 3 circulam no território brasileiro e, recentemente, o vírus tipo 4 foi isolado. Esses vírus se espalham rapidamente durante surtos epidêmicos e, anualmente, milhares de pacientes são infectados revelando um número ainda subestimado de mortes provocadas pela doença na forma mais grave, a dengue hemorrágica. Tendo em vista a característica epidêmica do Espírito Santo para a dengue, é fundamental que um método adequado, rápido e de baixo custo para a extração do ácido nucléico viral seja estabelecido, para o diagnóstico precoce, e que estudos evolutivos e filogenéticos sejam realizados para auxiliar no controle e prevenção das epidemias dessa doença. Foram comparadas várias características de um método comercial de extração de RNA viral (QIAamp® UltraSens Virus Kit), com o mais tradicional método laboratorial (técnica de Chomczynski-Sacchi). Quarenta e sete amostras de plasma de pacientes diagnosticados com dengue tiveram o RNA viral extraído por essas duas técnicas e detectado por transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase, com primers específicos para o vírus da dengue tipo 2, sorotipo mais prevalente na localização em estudo. Os resultados mostraram maior sensibilidade do método de Chomcznski-Sacchi, o qual também foi consideravelmente mais barato. Este resultado pode ajudar laboratórios e sistemas de saúde pública a decidirem a opção mais adequada às suas necessidades. Também foi realizada a caracterização molecular e filogenética do vírus da dengue tipo 2 circulante no Espírito Santo. O gene do envelope viral de quatro pacientes infectados com o sorotipo 2 durante a epidemia de 2009 foi parcialmente sequenciado. Análises filogenéticas mostraram ser essas fitas de RNA pertencentes ao genótipo América/Ásia e relacionadas com vírus circulantes nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo a partir de 2007. Este genótipo apresentou menor divergência genética do genótipo Ásia II e maior distância evolutiva do genótipo Silvestre, o qual apresentou a maior divergência intragenotípica. O estudo também mostrou a conservação, ao longo do tempo, do peptídeo de fusão, comprovando sua importância para as funções vitais do vírus da dengue. Estes dados nos permitem conhecer os vírus circulantes no Estado, possibilitando, assim, estabelecer condutas de controle da entrada de novos genótipos e melhorar o manejo das epidemias de dengue.

Palavras-chave: Dengue. Vírus dengue tipo 2. Extração de RNA viral. Análise filogenética.

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