INTERAÇÃO DO ALENDRONATO E DA VITAMINA K NO METABOLISMO ÓSTEOMINERAL DE RATAS OVARIOTECTOMIZADAS

Nome: FERNANDA SCARPATTI PIMENTEL
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/07/2010

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
IAN VICTOR SILVA Orientador
LETICIA BATISTA AZEVEDO RANGEL Coorientador

Resumo: INTERAÇÃO DO ALENDRONATO E DA VITAMINA K NO METABOLISMO ÓSTEOMINERAL DE RATAS O VARIOTECTOMIZADAS

Resumo:O osso é uma forma especializada de tecido que fornece suporte biomecânico e metabólico para todo o corpo. É um tecido dinâmico, em constante renovação, cuja integridade depende do equilíbrio entre os processos de formação e reabsorção óssea. A perda deste equilíbrio altera a matriz e a mineralização óssea. Esse desequilíbrio entre os processos de remodelamento ósseo pode resultar no desenvolvimento de doenças esqueléticas sistêmicas, como a osteoporose. A osteoporose é uma doença crônica e progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Somente no Brasil cerca de 10 milhões de pessoas, ou seja, uma a cada dezessete tem osteoporose. A deficiência hormonal estrogênica induzida pela ovariectomia (OVX) em ratos, comprovadamente estimula a reabsorção óssea, efeito similar ao o que acontece na osteoporose pós-menopausa em mulheres. Sabendo disso, escolhemos o modelo de animal de ratas ovariectomizadas para o estudo da interação do alendronato e da vitamina K (VK) no metabolismo osteomineral. Os bisfosfonatos orais, padrão-ouro para o tratamento da osteoporose, produzem reduções clinicamente significantes no risco de novas fraturas vertebrais e não vertebrais e atualmente constituem a base do tratamento da osteoporose Como justificativa para esse trabalho temos o fato de os bisfosfonatos, dentre eles o alendronato, comprovadamente, reduzirem a reabsorção óssea e aumentarem a DMO, levando a redução da incidência de fraturas. É sabido, também, que a VK possui importante função fisiológica de permitir a gama (g)-carboxilação de resíduos de ácido glutâmico em um limitado número de proteínas, conferindo-lhes a capacidade de se ligarem ao cálcio, um mineral que no osso encontra-se na forma de cristais de hidroxiapatita, os quais são essenciais para a manutenção da resistência óssea. Existem evidências de que a ingestão de VK pode aumentar a densidade mineral óssea, reduzir o risco de fratura, prevenir a perda óssea precoce através da inibição da reabsorção óssea, e proteger contra a perda e conectividade do osso trabecular. Assim, a combinação do alendronato e da VK parecem apresentar um efeito sinérgico na prevenção da deterioração da arquitetura do osso trabecular. Por fim, a interação do alendronato e da vitamina K parece exercer efeito benéfico no metabolismo osteomineral, pela redução do turnover ósseo e aumento da DMO. Este estudo concluiu que houve diferença estatisticamente significante na DMO (p<0,01) e na DPD (p<0,01) nos grupos OVX ALE e OVX VK+ALE em relação ao grupo OVX. Verificou-se também que o grupo tratado com ALE e VK apresentou uma leve tendência em aumentar a DMO e reduzir a DPD em relação ao grupo tratado somente com ALE. Assim, resultados benéficos foram obtidos quando utilizou-se a VK em associação com o ALE, mas nossos dados não revelaram importância significante na utilização da VK isoladamente.

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