Diagnóstico Molecular e Imunoenzimático de Pineapple Mealybug Wilt-Associated Vírus (PMWaV) em Diferentes Genótipos de Abacaxizeiro

Nome: FERNANDA NUNES PERON
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/03/2010

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANTONIO ALBERTO RIBEIRO FERNANDES Examinador Interno
JOSE AIRES VENTURA (M/D) Orientador
PATRICIA MACHADO BUENO FERNANDES (M/D) Coorientador
PAULO CAVALCANTI GOMES FERREIRA Examinador Externo

Resumo: O Brasil é o maior produtor mundial de abacaxi, porém as doenças limitam a produtividade. A murcha do abacaxizeiro é uma doença causada pelo complexo viral Pineapple mealybug wilt-associated virus (PMWaV) em associação com o seu vetor, a cochonilha Dysmicoccus brevipes. Até o presente já foram descritos cinco estirpes do vírus, sendo atribuída às estirpes PMWaV-1, PMWaV-2 e PMWaV-3, a provável etiologia da doença. Com o objetivo de identificar os vírus associados à murcha do abacaxizeiro no Espírito Santo e propor uma metodologia de indexação de plantas e material propagativo de abacaxi, foram coletadas da Fazenda Experimental do Incaper (Sooretama, ES), amostras de plantas sintomáticas e assintomárticas que foram analisadas pelo método imunoenzimático por meio de anticorpos monoclonais específicos (TBIA) para os vírus PMWaV-1 e PMWaV-2, e também a detecção molecular por RT-PCR, tendo como alvo o gene que codifica a proteína de choque térmico Hsp70h dos vírus PMWaV-1, PMWaV-2 e PMWaV-3. O vírus PMWaV-2 foi encontrado apenas nas amostras sintomáticas sendo o primeiro registro de sua relação com o desenvolvimento da doença em plantações brasileiras, enquanto que o PMWaV-1 e PMWaV-3 foram encontrados em plantas com e sem sintomas, sugerindo apenas a co-participação na evolução da doença. O progresso da murcha durante todo o ciclo da cultura foi avaliado em seis genótipos que comparados em três épocas, diferiram significativamente (P < 0,01). A cultivar Perola apresentou a menor incidência de murcha variando de 3,19% a 0% e que pode ser atribuída ao controle das cochonilhas. Para conhecer a dispersão dos vírus PMWaV-1 e PMWaV-2, foram amostradas aleatoriamente plantas sintomáticas e assintomáticas de cada genótipo para análise pelo método TBIA. Observou-se que todas as plantas classificadas como sintomáticas estavam infectadas com o vírus PMWaV-2 e em alguns casos com a estirpe PMWaV-1, enquanto que nas plantas assintomáticas havia a prevalência do PMWaV-1. Foi comprovada a capacidade de plantas jovens com sintomas de murcha e submetidas a manejo adequado de adubação, irrigação e controle de cochonilhas, se restabeleceram e retrocederam os sintomas sendo avaliadas como assintomáticas. Estas plantas se utilizadas como matrizes para a produção de mudas serão importantes fontes de inoculo primário e a principal forma de disseminação da doença para novas áreas. Apesar de se recomendar o nível de tolerância zero para o PMWaV em todos os tipos de mudas, ainda não se dispõe sobre a metodologia de indexação. O método TBIA permitiu detectar as estirpes PMWaV-1 e PMWaV-2 podendo ser usado de forma prática e econômica em escala comercial. Adicionalmente, a detecção molecular por RT-PCR detecta as demais estirpes através de primers específicos.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Marechal Campos, 1468 - Bonfim, Vitória - ES | CEP 29047-105