EFEITO MODULADOR DA LASER TERAPIA SISTÊMICA NA INFLAMAÇÃO EM MODELO DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
Nome: STEPHANIE OLIVEIRA DE ARAUJO
Data de publicação: 18/10/2024
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| ANDRE ROMERO DA SILVA | Examinador Externo |
| BRENO VALENTIM NOGUEIRA | Presidente |
| DIEGO FRANCA PEDROSA | Coorientador |
| TEODIANO FREIRE BASTOS FILHO | Examinador Interno |
Resumo: Esta dissertação de mestrado analisou os impactos da fotobiomodulação sistêmica, por meio da técnica não invasiva de Irradiação Intravascular do Sangue por Laser, do inglês, Intravascular Laser Irradiation of Blood - ILIB, em modelo experimental de isquemia cerebral global em camundongos. O foco principal foi examinar como essa terapia atua de forma dose-dependente na
recuperação de lesões cerebrais causadas por oclusão bicarotídea. Os camundongos foram expostos a essa oclusão, após a qual foi realizada a aplicação do ILIB na dose de 3,2 J (grupo TL) e 6 J (grupo TH), e os efeitos terapêuticos foram medidos através
de parâmetros funcionais e bioquímicos. As avaliações motoras dos camundongos foram realizadas em dois momentos distintos: antes e depois da indução do Acidente Vascular Encefálico (AVE), mostrando uma melhora expressiva nos grupos tratados
com ILIB, especialmente nas doses mais altas, aprimorando a habilidade motora, a força e a mobilidade dos camundongos, bem como uma diminuição do tempo de inatividade. Foi realizado análise da área macroscópica de infarto cerebral, e o grupo tratado apresentou uma redução (p<0,01), da área lesionada pela isquemia. Além disso, foram coletadas amostras de sangue para análise da contagem de células sanguíneas, revelando uma modulação na resposta inflamatória nos grupos que receberam ILIB (p<0,05). O plasma e o cérebro também foram extraídos para medir os níveis de estresse oxidativo (EO) e marcadores inflamatórios, e os grupos TL e TH houve, uma modulação, da produção de interleucinas (IL-12p70, IL-6, IL-10, MCP-1 e IFN-) entre estas, destaca-se o aumento significativo de interleucina anti-inflamatória e de outras que são responsáveis pela resposta a infecções pós-AVC, esses efeitos mostraram-se dependentes da dose. Observou-se uma diminuição do EO, do grupo TH com relação ao grupo AVC, na análise de oxidação proteica no plasma de 37% e no cérebro de 35%, contudo na peroxidação lipídica foi de 70% no plasma e 37% no cérebro. Ressalta-se que o ILIB neste modelo mostrou resultados surpreendentes. Devendo serem realizados estudos clínicos que padronizem a dose em humanos e a quantidade de aplicações, que comprovem o efeito, bem como, esclareçam os mecanismos específicos que permitem à ILIB exercer seus efeitos neuroprotetores.
