HERBICIDA À BASE DE GLIFOSATO COMO POTENCIAL FATOR DE RISCO PARA O CÂNCER DE MAMA: UMA ANÁLISE DA EXPRESSÃO GÊNICA, DAS MODIFICAÇÕES EPIGENÉTICAS E DO USO DE EPIFÁRMACOS
Nome: LYVIA NEVES REBELLO ALVES
Data de publicação: 26/08/2024
Banca:
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Papel |
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ELDAMARIA DE VARGAS WOLFGRAMM DOS SANTOS | Coorientador |
ELIZEU FAGUNDES DE CARVALHO | Examinador Externo |
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA | Examinador Externo |
FLAVIA DE PAULA | Examinador Interno |
IURI DRUMOND LOURO | Presidente |
Páginas
Resumo: O câncer de mama é a neoplasia mais comum em mulheres em todo o mundo, com fatores genéticos e ambientais desempenhando um papel no seu desenvolvimento. Glifosato, o ingrediente ativo em herbicidas agrícolas amplamente utilizados, é reconhecido como um potencial cancerígeno e desregulador endócrino, tornando-o um candidato para induzir modificações epigenéticas ligadas ao câncer de mama. O presente estudo investiga os efeitos do herbicida à base de glifosato, Roundup®, em
linhagens de células mamárias não tumorigênicas (MCF10A) e tumorigênicas (MCF7 e MDA-MB-231), com foco na expressão dos principais genes relacionados ao câncer de mama. Além disso, o estudo examina a associação com modificações epigenéticas
e o uso de epifármacos (5-Aza-2-desoxicitidina, 3-Deazaneplanocina A e Tricostatina A) para reverter possíveis alterações, visando compreender os riscos e os mecanismos de ação dos herbicidas. Os resultados indicam que o Roundup® afeta as células por meio de um mecanismo não estrogênico, impactando linhagens celulares dependentes e independentes de hormônios, com efeitos tóxicos e proliferativos variados, dependendo da dose e do tempo de exposição. Além disso, alterou a expressão de genes relacionados com o câncer da mama, como BRCA1 e BRCA2, em baixas doses. O uso de moduladores epigenéticos foi capaz de reverter algumas alterações induzidas pelo Roundup®, sugerindo o papel do herbicida nas modificações epigenéticas. No geral, estas descobertas destacam a importância de compreender os mecanismos do herbicida à base de glifosato em humanos, o que poderia permitir estratégias de prevenção personalizadas para mitigar os riscos de câncer da mama.