AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ESTIMULAÇÃO CÉREBRO-ESPINAL SIMULTÂNEA, IMAGEM MOTORA, REALIDADE VIRTUAL E PEDALADA EM PACIENTES PÓS-AVC

Nome: SHEIDA MEHRPOUR

Data de publicação: 16/09/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANO DE OLIVEIRA ANDRADE Coorientador
ANTONIO ALBERTO RIBEIRO FERNANDES Examinador Interno
BRENO VALENTIM NOGUEIRA Examinador Interno
CAROLINE CUNHA DO ESPÍRITO SANTO Examinador Externo
DENIS DELISLE RODRÍGUEZ Examinador Externo

Páginas

Resumo: O AVC é a principal causa de deficiência física adquirida em seres humanos e a segunda maior causa de mortalidade global. Técnicas de estimulação cerebral não invasiva (NIBS), como a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC),
Estimulação Espinhal Transcutânea por Corrente Contínua (EECC) e Realidade Virtual (RV) baseada em Imagética Motora (IM), podem ser aplicadas na terapia pós-AVC. O objetivo principal deste estudo é desenvolver novos métodos de reabilitação acessíveis e com baixa custo para pacientes com AVC subagudo a crônico, visando aumentar a neuroplasticidade e melhorar a função motora. A pesquisa é dividida em três capítulos distintos para analisar tanto os efeitos prolongados (capítulo 1) quanto os imediatos (capítulos 2 e 3) da intervenção. No capítulo 1, o desenho do estudo foi configurado com o tratamento alternativo (ATD), incluindo três fases: baseline, estimulação sham e estimulação real. Já nos capítulos 2 e 3, o desenho foi estabelecido como uma avaliação pré e pós-estimulação. No primeiro capítulo, foram selecionados quatro pacientes hemiparéticos no estágio subagudo pós-AVC para o experimento. Para os capítulos dois e três, utiliza-se o mesmo experimento e os mesmos participantes, mas com metodologias de avaliação diferentes. Para os capítulos dois e três, foram selecionados oito participantes no total, incluindo quatro pacientes e quatro controles saudáveis. Para cada experimento os participantes foram randomizados em dois grupos para receber estimulação cérebro-espinhal conforme dois protocolos diferentes (convencional e periódico). Os participantes do grupo de estimulação convencional receberam estimulação por 20 minutos, enquanto aqueles no grupo de estimulação periódica passaram por duas sessões repetitivas de estimulação de 13 minutos cada, separadas por um período de descanso de 20 minutos. O eletrodo ânodo foi posicionado sobre a região M1 do hemisfério afetado, guiado pelo Sistema Internacional 10/20. O eletrodo cátodo foi posicionado centralmente sobre o processo espinhoso da vértebra torácica em T11 (T10-T12) por palpação. Para capítulo 1 os resultados foram avaliados utilizando eletromiografia de superfície (sEMG), Contração Voluntária Máxima (CVM), Avaliação de Extremidade Inferior de Fugl-Meyer (FMA-LE), miniBESTest, goniometria do movimento de
dorsiflexão, teste de caminhada de 10 metros (10MWT) e velocidade de pedalada além de escalas do AVC. No experimento do segundo e terceiro capítulo, além da estimulação, utilizou-se Realidade Virtual (RV) para melhorar a Imagética Motora (IM), avaliando o efeito imediato combinado na modulação das bandas Mu e Beta do cérebro em pacientes pós-AVC e controles saudáveis. Os resultados do segundo experimento serão analisados utilizando medidas quantitativas de eletroencefalografia
(EEG), como a topografia cortical baseada em valores médios de amplitude, parâmetros de conectividade cerebral como o Valor de Sincronização de Fase (Phase Locking Value - PLV) e Coerência ao Quadrado de Magnitude (Magnitude Squared Coherence - MSC) e para o capítulo 3 utilizou-se o parâmetro de Hjorth (activity, mobility, complexity), ao longo de duas sessões de avaliação pré e pós-estimulação. Os resultados do experimento do primeiro capítulo demonstraram melhorias significativas na função motora e na marcha dos pacientes. Já os resultados do experimento relacionado ao segundo e terceiro capítulos forneceram informações valiosas para tratamentos personalizados dos pacientes pós-AVC.

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