DESENVOLVIMENTO DE HIDROGEL DERIVADO DE MATRIZ EXTRACELULAR ÓSSEA BOVINA ADULTA E FETAL

Nome: THAIS LEAL RABELLO

Data de publicação: 23/03/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
BRENO VALENTIM NOGUEIRA Presidente
CARLOS MAGNO DA COSTA MARANDUBA Examinador Externo
FLAVIA DE PAULA Examinador Interno

Resumo: O envelhecimento populacional e o aumento no número de procedimentos médicos e odontológicos que requerem enxertos ósseos levam à busca crescente por novos biomateriais. Neste sentido, biomateriais feitos a partir de hidrogéis vem sendo desenvolvidos para acelerar e melhorar a qualidade do reparo do tecido ósseo. Os hidrogéis são polímeros altamente hidratados que mimetizam a estrutura de tecidos vivos e podem atuar como suporte para o crescimento celular e para fornecer moléculas bioativas. A composição da matriz extracelular óssea de origem fetal apresenta características semelhantes aos de tecidos de crescimento e cicatrização óssea, podendo ser explorada de forma promissora no desenvolvimento de hidrogéis capazes de acelerar a regeneração óssea. Assim, o objetivo deste estudo foi desenvolver um hidrogel derivado de matriz extracelular óssea de origem fetal e adulta e avaliar seu potencial biológico a partir da caracterização, avaliação de sua biocompatibilidade e de seu potencial de diferenciação osteogênica. Para isso, foi aplicado um protocolo de descelularização seguido pela digestão, solubilização e gelificação da matriz óssea. Nesse estudo, foi quantificado o DNA, SDS e hidroxiprolina e os hidrogéis foram caracterizados a partir de análise por infravermelho (FTIR), análise elementar (CHN) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Para avaliação in vitro foi utilizado células-tronco mesequimais humanas no ensaio de proliferação e viabilidade celular (MTT) e diferenciação osteogênica. Os resultados demonstraram uma eficiência na descelularização com redução de 99% do conteúdo de DNA para o tecido ósseo fetal e 78% para o tecido ósseo adulto e preservação de componentes da matriz extracelular óssea como colágeno. Foi demonstrado também uma viabilidade celular de 76% para o hidrogel adulto e 65% para o hidrogel fetal, com possível interferência do SDS residual (0,03%). Os resultados de diferenciação osteogênica sugerem que o hidrogel fetal teve uma maior indução à diferenciação quando comparado ao controle e ao hidrogel adulto. Portanto, o hidrogel desenvolvido nesse estudo apresentou-se como um potencial biomaterial para uso na bioengenharia de tecidos e o tecido ósseo fetal demonstrou possuir características que lhe candidatam como um possível e promissor material a ser utilizado nessa área.

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