DETECÇÃO DE BEAUVERICINA POR HPLC-DAD E MALDI-FT-ICR MS EM FRUTOS DE ABACAXI INFECTADOS POR Fusarium guttiforme
Nome: CAROLINNE SIMÕES FAVERO
Data de publicação: 27/06/2024
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA | Examinador Externo |
FLAVIA IMBROISI VALLE ERRERA | Examinador Interno |
HÉLCIO COSTA | Examinador Externo |
HILDEGARDO SEIBERT FRANÇA | Examinador Externo |
JOSE AIRES VENTURA | Presidente |
Páginas
Resumo: O abacaxi é um fruto de grande importância econômica na fruticultura do Brasil e de alto consumo mundial, utilizado na alimentação humana e animal, entre outros usos. Dos fatores fitossanitários limitantes da cultura destaca-se a fusariose, doença
causada pelo fungo Fusarium guttiforme, que compromete a qualidade dos frutos para o mercado e produz uma micotoxina emergente denominada beauvericina (BEA), potencialmente prejudicial à saúde dos consumidores. A importância de técnicas
precisas e validadas para a detecção da BEA e do estabelecimento de limites máximos permitidos é urgente, visto que ainda não há regulamentação na legislação em nenhum país. As técnicas analíticas para a detecção de micotoxinas têm-se mostrado eficaz, com poucos estudos para a detecção da BEA em abacaxi. A confiabilidade na detecção permite criteriosa seleção dos produtos avaliados, garantindo segurança alimentar e responsabilidade econômica. A Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE ou HPLC - High Performance Liquid Cromatography), a Espectrometria de Massas de Ressonância Ciclotrônica de Íons por Transformada de Fourier (FT-ICR MS) combinado com a fonte de matrix-assisted laser desorption/ionization (MALDI) e UHPLC-MS (Cromatógrafo Líquido de Ultra Eficiência acoplado a espectrômetro de massas) foram utilizadas para a detecção de BEA nesse
trabalho. Foi testado o substrato de arroz para o desenvolvimento do F. guttiforme e produção de BEA, por ser um meio propício para o desenvolvimento do fungo. Os resultados de HPLC-DAD, nas primeiras análises, possibilitaram a detecção da BEA nos tecidos das amostras visivelmente infectadas com F. guttiforme (E-514), porém nas amostras de tecido aparentemente sadio a micotoxina não foi detectada. Com MALDI-FT-ICR MS detectou-se a BEA em ambos os tipos de amostras mostrando, que além da maior sensibilidade do método, há a possibilidade de que ocorra a difusão da micotoxina nos tecidos aparentemente sadios de frutos inoculados com o F. guttiforme, estando estes tecidos também contaminados, porém em limites não detectáveis pelo HPLC-DAD. O substrato de arroz mostrou-se eficiente para a detecção da beauvericina produzida por isolados de F. guttiforme cultivado in vitro, o que possibilita seu uso para produção da micotoxina em maior escala para estudos posteriores. Após esses primeiros resultados, usou-se o UHPLC-MS, para novas análises, todavia as respostas não foram satisfatórias. Nos estudos para a detecção da BEA em abacaxis previamente inoculados com F. guttiforme (E-514), o método analítico que se mostrou mais preciso, até que se tenha limites regulatórios, foi o MALDI-FT-ICR MS, mostrando a altíssima sensibilidade do método para a detecção da micotoxina e a capacidade de detectar quantidades muito pequenas não detectadas no HPLC-DAD.