MODULAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA E ESTABILIDADE DA TRIPSINA PORCINA POR CARBOIDRATOS
Nome: AURELIO DOS SANTOS COUTO
Data de publicação: 27/06/2024
Banca:
Nome | Papel |
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ALEXANDRE MARTINS COSTA SANTOS | Presidente |
KÁDIMA NAYARA TEIXEIRA | Examinador Externo |
MARCO CESAR CUNEGUNDES GUIMARAES | Examinador Interno |
Resumo: Tripsina é uma serino-protease com atividade catalítica sensível ao seu ambiente, o que limita suas aplicações em sistemas biológicos complexos, com altas temperaturas ou condições extremas de pH. A modulação da atividade e estabilidade enzimática por carboidratos emerge como estratégia promissora para superar essas restrições. Assim, investigou-se a modulação da atividade e estabilidade da tripsina porcina por diferentes carboidratos (arabinose, L-ramnose, beta-ciclodextrina, maltose e frutose) em concentrações variáveis (1:10, 1:30, 1:60 e 1:100 p/p). A atividade enzimática foi
avaliada por ensaios bioquímicos, enquanto métodos biofísicos (espectroscopia no UV, cálculo de "foldrate", espalhamento dinâmico de luz (DLS) e potencial zeta) foram utilizados para investigar a estabilidade conformacional e estados supramoleculares e da enzima. Arabinose e L-ramnose provocaram um aumento significativo na atividade enzimática da tripsina em algumas concentrações entre 1:10 e 1:30 (p/p), enquanto os outros carboidratos não apenas não aumentaram a atividade, mas também diminuíram a atividade a enzima. Espectroscopia UV não revelou diferenças conformacionais relevantes na proteína após adição dos carboidratos. O cálculo de "foldrate" indicou que as amostras de tripsina com arabinose 1:10 p/p e L-ramnose 1:30 p/p apresentaram alterações conformacionais significativas, sugerindo maior
estabilidade para estas concentrações testadas. A análise do perfil de agregação mostrou aumento no diâmetro de partícula com L-ramnose 1:30 (p/p), sugerindo interação entre a proteína e o carboidrato. Quanto à carga superficial da proteína
(potencial zeta), arabinose 1:10 p/p e L-ramnose 1:30 p/p apresentaram leituras superiores, mas não indicaram capacidade de impedir a formação de estados supramoleculares. A L-ramnose 1:30 p/p é sugerida como a condição ideal para
otimizar a atividade da tripsina porcina sem afetar significativamente sua estabilidade coloidal. Esses resultados podem ter implicações importantes para o uso da tripsina em diversas áreas da pesquisa e indústria. Estudos futuros podem explorar os mecanismos moleculares subjacentes à modulação da tripsina induzida por carboidratos, elucidando as bases para o desenvolvimento de novos estabilizadores enzimáticos mais eficientes.