“TRANSMISSÃO POR INSETOS DO COMPLEXO Papaya meleira virus (PMeV e PMeV2) E PROSPECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE UMA FRAÇÃO DA PROTEÍNA ESTRUTURAL DO PMeV”
Nome: JOELLINGTON MARINHO DE ALMEIDA
Data de publicação: 06/05/2024
Banca:
Nome![]() |
Papel |
---|---|
ALEXANDRE MARTINS COSTA SANTOS | Coorientador |
ANDRE DA SILVA XAVIER | Examinador Externo |
JOSE AIRES VENTURA | Examinador Interno |
MARLONNI MAURASTONI ARAÚJO | Examinador Externo |
PATRICIA MACHADO BUENO FERNANDES | Presidente |
Páginas
Resumo: A meleira do mamoeiro é uma doença ocasionada por vírus que pode levar à perda da produtividade dos pomares de Carica papaya em países produtores, como Brasil, México, Equador e Austrália com ocorrência da doença. A infecção da planta provoca
a queima da ponta de folhas jovens, exsudação espontânea do látex e manchas no fruto. O látex na presença do ar oxida dando origem ao aspecto “melado”, que junto com os demais fatores interferem na aceitação comercial dos frutos. Entretanto, ainda
não se conhece o vetor transmissor da doença da meleira do mamoeiro em todos os países produtores. Estudos realizados por diversos grupos de pesquisa têm apontado a cigarrinha como potencial disseminador da doença; além da relação com fungos,
sementes e a transmissão mecânica. No Brasil, é ocasionada pelo complexo viral papaya meleira virus (PMeV) e papaya meleira virus 2 (PMeV2), e a coexistência dos dois vírus comprovou que o PMeV2 é encapsidado pelo PMeV, e sabe-se que o PMeV
possui duas ORFs responsáveis por codificar proteínas estruturais que compõem o capsídeo (ORF1) e uma proteína putativa RdRp (ORF2). Sabendo-se que as proteínas estruturais do PMeV são responsáveis por encapsidar os dois materiais genéticos, fazer-se o emprego da expressão de uma fração da proteína recombinante da proteína capsidial (CP) do PMeV pode se tornar viável na elaboração de testes rápidos, identificação das partículas virais em diferentes locais da planta e potencial aplicação em estudos de transmissão vírus-planta-vetor. No presente estudo, foi realizado o desenvolvimento de um material sobre a compreensão de da transmissão viral do complexo papaya meleira virus por insetos utilizando a literatura disponível e a prospecção e caracterização de uma fração (p441) da proteína estrutural do PMeV. Assim, a fração p441 da proteína capsidial do PMeV foi expressa em E. coli BL21(DE3) e realizada sua extração a partir do gel de SDS-PAGE. A fração proteica foi expressa em quatro tempos (30 minutos, 1 hora, 2 horas e 4 horas) para verificar qual corresponderia a sua maior produção e sua fração extraída conduzida a produção de anticorpos policlonais. A partir da sequência disponível foi realizado uma caracterização in silico para determinação de modelos de estrutura secundária e terciária ab initio, parâmetros físico-químicos além da predição de peptídeos
imunogênicos possíveis de serem identificados em sua sequência primária. Os resultados obtidos abrem possibilidades para o “design” de testes que sejam eficazes na detecção do PMeV, oriundos de observações realizadas com base na estrutura
proteica da fração p441 como sendo uma proteína estável e de baixa mobilidade térmica. Além de possuir exposição de 18 peptídeos que se encontram em sua superfície, como capazes de desencadear resposta imunológica e ser uma região 11
possível de ser utilizada na produção de anticorpos que podem ser aplicados em estudos futuros de localização do vírus em diferentes partes da planta. Por fim, foi verificado que as condições de expressão em um tempo de 4 horas obtiveram melhor
resposta, gerando concentrações de proteínas em torno de 633 a 923 mg/mL verificados após extração do gel SDS-PAGE.