Obtenção de nanocelulose a partir de resíduo agroindustrial de casca de eucalipto e funcionalização com nanopartículas de prata.
Nome: ERICA BEZERRA DE FARIAS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/02/2023
Orientador:
Nome | Papel |
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MARCO CESAR CUNEGUNDES GUIMARÃES | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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MARCO CESAR CUNEGUNDES GUIMARÃES | Orientador |
ELOI ALVES DA SILVA FILHO | Coorientador |
ALEXANDRE MARTINS COSTA SANTOS | Examinador Interno |
Resumo: A indústria de papel e celulose atingiu seu maior nível de produtividade em 2021 e por consequência o aumento de resíduos gerados na cadeia produtiva, como a casca de eucalipto. As cascas são geralmente utilizadas em forragem de plantações e obtenção de energia, contudo, os resíduos ligninocelulósicos possuem características interessantes do ponto de vista do seu reaproveitamento para extração de celulose.
O presente trabalho buscou investigar a aplicação de parâmetros otimizados e ecológicos, na extração de celulose e produção de nanocelulose, para prever reprodutividade, de outros resíduos, em casca de eucalipto. Na extração de celulose os parâmetros foram realizados de forma mais ecológica e mostrou-se promissora a partir de readequações no tratamento químico empregado, com resultados relevantes para o emprego de Hidróxido de sódio (NaOH) a 1% m/v e branqueamento das fibras por 8h e 42min em Hipoclorito de sódio 0,6% v/v. Houve exposição das fibras de celulose com a retirada de lignina e hemicelulose. Na obtenção de nanocelulose realizou-se a combinação de tratamento físico, com alterações de tempos, e químico com uso de H2SO4 em tempos e concentração distintas, sendo essas concentrações inferiores ao usualmente utilizadas. Em sua obtenção houve indícios de que é possível obtê-la de forma mais ecológica, através da associação dos tratamentos, ao passo que são necessárias readequações experimentais, visto que nanocelulose e celulose microcristalina foram obtidas. O presente estudo também investigou a capacidade de funcionalização de nanocelulose vegetal com nanopartículas de prata (AgNPs) in situ. O reagente de Tollens e Ácido Ascórbico foram utilizados sem o uso de estabilizantes. A obtenção das AgNPs se deu em diferentes condições de intumescimento da nanocelulose, com deposição direta, do agente redutor sobre a mesma. Os resultados se mostraram promissores quanto as metodologias empregadas, necessitando investigações de otimização para obtenção de produto com valor agregado.