ANÁLISE DO DNA DE CONTATO OBTIDO DE IMPRESSÕES LABIAIS E BEBIDAS: INFLUÊNCIA DE DIFERENTES VARIÁVEIS NA PERSISTÊNCIA DE AMOSTRAS DESAFIADORAS
Nome: BÁRBARA GOMES DE OLIVEIRA BESSA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/02/2023
Orientador:
Nome | Papel |
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IURI DRUMOND LOURO (M/D) | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ELIZEU FAGUNDES DE CARVALHO | Examinador Externo |
FLAVIA DE PAULA (M/D) | Examinador Interno |
IURI DRUMOND LOURO (M/D) | Orientador |
Resumo: Com o avanço das técnicas de biologia molecular, as amostras de DNA de contato passaram a ser mais exploradas e utilizadas na área das ciências forenses. Dentre as amostras de contato existentes, as impressões labiais são fontes de DNA e podem ser utilizadas em contextos investigativos. Esse tipo de amostra desafiadora pode ser encontrado em locais de crime em recipientes de bebidas, como copos, latas e garrafas. Além disso, os líquidos remanescentes dessas bebidas também são considerados potenciais fontes de DNA e podem ser utilizados no âmbito forense. O objetivo desse estudo foi investigar a viabilidade de obter DNA a partir de amostras de contato provenientes de impressões labiais e de bebidas. Além disso, verificou-se se variáveis como temperatura, umidade, exposição a luz solar e tempo influenciam na obtenção desse material genético. Durante o experimento, 4 voluntários foram solicitados a beber água, em um copo de vidro, e refrigerante, em uma lata de alumínio. Amostras do DNA de contato depositadas nas superfícies foram coletadas 24 e 72 horas depois de sua deposição. As coletas foram realizadas utilizando suabe. Os líquidos remanescentes dos recipientes foram coletados com o auxílio de uma pipeta de pasteur. O DNA foi extraído por meio da extração orgânica e quantificado por duas metodologias diferentes (Nanodrop e kit Qubit). De acordo com os resultados, a quantificação utilizando o kit Qubit foi mais eficaz e específica quando comparada com o Nanodrop. Não foi possível detectar correlação entre temperatura/umidade e a quantidade de DNA o recuperado. A exposição direta a luz solar demonstrou ter efeitos significativos (p < 0,05), principalmente nas amostras depositadas nas superfícies de alumínio. Os resultados relacionados com a variável tempo também indicaram diferenças estatísticas (p < 0,05) quando analisados juntamente com a exposição a luz solar. Em relação aos líquidos, as variáveis tempo e luz solar não demonstraram influência significativa (p > 0,05) no rendimento do DNA obtido. A partir desses resultados, foi constatado que é possível obter DNA a partir de amostras de contato provenientes de impressões labiais e bebidas. Além disso, nota-se que o rendimento desse tipo de amostra pode ser significativamente afetado por variáveis do ambiente, principalmente a luz solar.