DINÂMICA DO COMPLEXO PAPAYA MELEIRA VIRUS DURANTE O DESENVOLVIMENTO DO MAMOEIRO (Carica papaya L.)
Nome: MARLONNI MAURASTONI ARAUJO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 11/11/2021
Orientador:
Nome | Papel |
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PATRICIA MACHADO BUENO FERNANDES (M/D) | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANNA ELIZABETH WITHFIELD | Examinador Externo |
ANTONIO ALBERTO RIBEIRO FERNANDES | Examinador Interno |
FRANCISCO JOSÉ LIMA ARAGÃO | Examinador Externo |
FRANCISCO MURILO ZERBINI JUNIOR | Examinador Externo |
PATRICIA MACHADO BUENO FERNANDES (M/D) | Orientador |
Páginas
Resumo: MAURASTONI, M. A. Dinâmica do complexo papaya meleira virus durante o desenvolvimento do mamoeiro (Carica papaya L.). 2021. 173f. Tese de doutorado em Biotecnologia Programa de Pós-graduação em Biotecnologia, UFES, Espírito Santo, Brasil.
A meleira do mamoeiro (PSD - do inglês, papaya sticky disease) está entre as doenças mais graves causadas por vírus e que afetam a produção de mamão. Essa doença foi relatada pela primeira vez no Brasil em 1993, associada a um vírus de RNA fita dupla, denominado papaya meleira virus (PMeV). Desde então, avançou-se no conhecimento da dispersão da doença no campo, na caracterização do agente etiológico e suas interações com o mamoeiro. Porém, em 2016, o papaya meleira virus 2 (PMeV2), com genoma de RNA fita simples de senso positivo, também foi identificado em plantas doentes, impondo um repensar no patossistema. Neste trabalho, avaliamos criticamente os achados dos últimos 30 anos para entender a dispersão da doença em campo. Mostramos que espécies de cigarrinhas e moscas-branca precisam ser melhor estudadas como potenciais vetores no Brasil uma vez que técnicas de diagnóstico molecular mais sensíveis estão disponíveis. Não obstante, desenvolvemos uma técnica de RT-PCR multiplex (mPCR) capaz de detectar ambos os vírus em uma única reação a partir de amostras de plantas em pré-florescimento, que é um método alternativo para o diagnóstico precoce de PSD. Mostramos também que os laticíferos da nervura central de folhas do mamoeiro doente são os locais preferenciais de infecção do PMeV e PMeV2. O capsídeo do PMeV é composto de dois polipeptídios principais com sequências sobrepostas, sendo que um fragmento central desses polipeptídios (aa 321-670) interage com a proteína ribossomal 50S L17 (RPL17), que especulamos como importante no acúmulo de ambos os vírus. Assim, esta tese discute a PSD em três esferas principais: biologia do agente etiológico e sua interação com o hospedeiro, a disseminação da doença no campo e o desenvolvimento de tecnologias para seu manejo.
Palavras-chave: Totiviruses. Proteína capsidial. Interação proteína-proteína. Interação vírus-hospedeiro. Meleira do mamoeiro. Vetores de vírus.