INFLUÊNCIA MITOCONDRIAL NA REGULAÇÃO DE GENES ENVOLVIDOS COM ENVELHECIMENTO EM Saccharomyces cerevisiae SUBMETIDAS À ALTA PRESSÃO HIDROSTÁTICA

Nome: BRIGIDA DE ALMEIDA AMORIM SPAGNOL
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 07/02/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
PATRICIA MACHADO BUENO FERNANDES (M/D) Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE MARTINS COSTA SANTOS Examinador Interno
ANTONIO ALBERTO RIBEIRO FERNANDES Examinador Interno
MONICA MONTERO LOMELI Examinador Externo
NADJA CRISTHINA DE SOUZA PINTO Examinador Externo
PATRICIA MACHADO BUENO FERNANDES (M/D) Orientador

Resumo: Saccharomyces cerevisiae é um modelo de organismo eucarionte bem aceito para estudos sobre resposta ao estresse e envelhecimento, pois preservam diversos mecanismos bioquímicos, moleculares e de funcionamento de organelas. A mitocôndria é uma organela envolvida com resposta ao estresse e, por ser a principal geradora de espécies reativas de oxigênio (ROS) está fortemente implicada com o envelhecimento. O mal funcionamento dessa organela tem sido associado com o surgimento de doenças neurodegenerativas, psiquiátricas e com o câncer. Células maduras e jovens de S. cerevisiae respondem diferentemente ao estresse de alta pressão hidrostática (HHP). A maturidade celular favorece a regulação de genes envolvidos com o envelhecimento, aumentando em quase três vezes a resistência à HHP destas células em relação às células jovens. Genes reguladores do envelhecimento como TOR1, RAS2 e SCH9 têm sido implicados com disfunções mitocondriais. No entanto, é possível que as mitocôndrias influenciem a regulação de genes relacionados com envelhecimento. Assim, este trabalho buscou modular a regulação de TOR1, RAS2 e SCH9 através da inibição do aumento do potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm) de S. cerevisiae submetidas à HHP. Para alcançar esses objetivos, células mães de S. cerevisiae foram diferenciadas das células filhas pela impregnação de calcofluor white em sua parede celular, gerando células filhas sem impregnação. Assim, o acúmulo de ROS e o ΔΨm em resposta à HHP puderam ser quantificados por citometria de fluxo. O ácido protocatecuico (PCA) foi previamente utilizado para proteção mitocondrial contra os efeitos desfavoráveis da HHP. Imagens de microscopia de fluorescência em células marcadas com mitotracker green-FM foram realizadas para observação da dinâmica mitocondrial. Por fim, genes envolvidos com o envelhecimento e defesas antioxidantes foram analisados por PCR em tempo real na população geral. Células mães e filhas indicaram semelhanças no ΔΨm mediante os tratamentos aplicados. O estresse brando de HHP indicou indução do aumento do ΔΨm e notamos que 15 min de recuperação em pressão ambiente são necessários para a indicativa estabilização do ΔΨm antes do tratamento severo de HHP. A proteção mitocondrial indicou redução do ΔΨm e isto parece ter melhorado a tolerância ao tratamento severo. Células maduras acumularam altos níveis de ROS após à HHP. No entanto, a proteção mitocondrial junto a ação antioxidante do PCA reduziu o acúmulo de ROS nestas células, compensando a inibição da regulação dos genes antioxidantes. Quase todas as células com proteção mitocondrial resistiram ao estresse severo de HHP. Houve um aumento de 71% para 92% na tolerância ao estresse de HHP com prévia proteção mitocondrial. Os genes TOR1, RAS2 e SCH9 foram reprimidos, favorecendo a resposta ao estresse, aumentando a resistência. Além disso, a redução do acúmulo de ROS retardou o envelhecimento.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Marechal Campos, 1468 - Bonfim, Vitória - ES | CEP 29047-105