DIVERSIDADE Genética do Zika Virus no Estado do Espírito Santo

Nome: FERNANDA MARIANO GARCIA DE SOUZA RODRIGUES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 06/03/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
IURI DRUMOND LOURO (M/D) Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DEBORA DUMMER MEIRA Coorientador
FLAVIA DE PAULA (M/D) Examinador Interno
IURI DRUMOND LOURO (M/D) Orientador
MARCELO DOS SANTOS Examinador Externo

Resumo: O Zika virus (ZIKV) é um arbovírus do gênero Flavivirus pertencente à família Flaviviridae. Duas principais linhagens são reconhecidas, Asiática e Africana, sendo a linhagem Asiática encontrada no Brasil. Os sintomas da infecção de ZIKV geralmente são brandos, mas existem relatos de casos de óbitos e manifestações neurológicas. Variações genéticas virais estão relacionadas com as diferenças nas manifestações clínicas da doença, portanto pesquisas sobre o genoma, filogenia e distribuição geográfica do vírus podem esclarecer como essas variações afetam a manifestação clínica do ZIKV, além de servir para o desenvolvimento de produtos biotecnológicos. Apesar da importância, poucos estudos avaliam as variações genéticas virais. Este estudo realizou uma abordagem epidemiológica e filogenética a nível populacional que analisou a diversidade genética do ZIKV no Espírito Santo (ES), e as relações filogenéticas das cepas de ZIKV identificadas com sequências virais disponíveis no GenBank. Constatou-se que os municípios de Vitória, Cariacica e Cachoeiro de Itapemirim foram os mais afetados, sendo a linhagem Asiática a circulante no ES, assim como no restante do país. Foram encontradas 4 variações em 2 genes estudados, no gene E A1023G e C1050T e no gene NS5 C1891T e T1945C. As variações A1023T e C1891T foram descritas pela primeira vez em linhagens Asiáticas neste trabalho, e as variações C1050T e T1945C foram descritas anteriormente em linhagem Asiática apenas uma vez em uma sequência do Rio de Janeiro e três sequências na China, respectivamente. Por fim, apesar das variações genéticas encontradas nas sequências do ES não estarem associadas à mudança de aminoácidos, não se pode descartar que outras mudanças, seja em ligações entre enzimas e o RNA, seja na estrutura das proteínas finais, podem ser causadas por essas variações. Os resultados apresentados podem ser úteis a futuros trabalhos permitindo uma expansão da base de dados apresentando uma visão mais clara da epidemiologia do ZIKV, o que poderá ajudar a determinar a origem geográfica de um novo surto e, além disso, monitorar a eficácia das medidas de controle.

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