AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE DA PAEPALANTINA ISOLADAMENTE E EM ASSOCIAÇÃO COM ANTIMICROBIANOS EM BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES

Nome: GERALDO DA SILVA ALVES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/11/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
RICARDO PINTO SCHUENCK Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRÉ LUIS SOUZA DOS SANTOS Examinador Externo
GREICIANE GABURRO PANETO Examinador Interno
RICARDO PINTO SCHUENCK Orientador

Resumo: A resistência bacteriana aos antimicrobianos é uma ameaça global à saúde
pública. O uso de produtos naturais derivados de plantas que tem atividade
antimicrobiana em associação com antibacterianos tradicionais podem ser
alternativas viáveis para a produção de novos fármacos eficazes contra micro-
organismos multirresistentes. A isocumarina paepalantina e o dímero de
paepalantina, isolados dos capítulos de Paepalanthus bromelioides, têm se
destacado como substâncias promissoras em função de seu potencial biológico. O
objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antibacteriana in vitro da paepalantina e
do dímero isoladamente e em associação, através do método de checkerboard, com
diferentes antimicrobianos de uso clínico (vancomicina, oxacilina e meropenem) em
amostras de Enterococcus faecium, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae
e Pseudomonas aeruginosa multirresistentes e avaliar por microscopia eletrônica de
varredura possíveis alterações morfológicas em amostras expostas a concentrações
inibitórias e subinibitórias de paepalantina e do dímero isoladamente e em
associação com antibacterianos. Nas amostras de E. faecium, a paepalantina e o
dímero isoladamente apresentaram concentração mínima inibitória (CMI) de 32
µg/mL. A associação com a vancomicina não apresentou aumento na atividade
desse fármaco. Para S. aureus, a paepalantina e o dímero apresentam bom
potencial inibitório quando testados isoladamente (CMI 16 e 8 µg/mL,
respectivamente). A associação da paepalantina com a oxacilina mostrou-se
indiferente em três das cinco amostras analisadas, enquanto que a associação do
dímero com esse fármaco mostrou-se sinérgica em todas as amostras, com redução
de até 256 vezes na CMI. Em relação aos micro-organismos Gram-negativos, K.
pneumoniae e P. aeruginosa, a paepalantina e o dímero apresentaram fraco
potencial inibitório (CMI > 256 µg/mL) e a associação com meropenem não
apresentou aumento na atividade desses. O presente estudo demonstrou a atividade
das isocumarinas paepalantina e do dímero apenas em bactérias Gram-positivas (E.
faecium e S. aureus). A combinação dessas substâncias, sobretudo do dímero, com
a oxacilina apresentou efeito sinérgico relevante, o que propicia perspectiva de
estudos adicionais para o desenvolvimento de produtos com a associação destas
substâncias. Em S. aureus, após análise por MEV, verificou-se que as substâncias
vi
não atuam alterando a estrutura externa desse micro-organismo nas condições
utilizadas neste estudo.
Palavras-chave: Resistência bacteriana; Paepalantina; Sinergismo.

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