Papel da atorvastatina na redução da quimiorresistência de células de câncer de mama triplo-negativo através da modulação de lipid rafts

Resumo: O câncer de mama (CAM) é o segundo tipo mais frequente no mundo e mais comum entre as mulheres, e sua taxa de ocorrência vem se tornando alarmante, configurando, desta maneira, um grande desafio à saúde mundial. É uma doença complexa e heterogênea, composta por múltiplos subgrupos com características biológicas e morfológicas distintas e apresenta diferentes manifestações clínicas e
padrões de resposta às terapias vigentes. O câncer de mama triplo-negativo (TNBC) é caracterizado
pela ausência de expressão de receptores hormonais e receptor 2 do fator de crescimento epidermal humano (HER2) pelas células tumorais, representando um grupo consistente e altamente heterogêneo na apresentação clínica, histológica e resposta à terapia. São tumores majoritariamente agressivos e invasivos, associados a um pior prognóstico da doença, dentre outros aspectos, em função da inelegibilidade da paciente ao uso de terapias endócrinas e alvo-específicas eficazes. O tratamento citotóxico realizado nas pacientes com TNBC segue o preconizado para o câncer de mama em geral, não apresentando regimes específicos às características desse subtipo, e apesar de resposta
satisfatória à quimioterapia inicial, a maioria das mulheres apresentam recorrências ou desenvolvem quimiorresistência durante o tratamento. Diversos mecanismos são sabidamente relacionados à resistência aos quimioterápicos, como a presença de células tronco tumorais (CSC) e a transição epitélio-mesênquimal (EMT). Evidências emergentes sugerem que os "lipid rafts" são essenciais para ocorrência do processo CSC/EMT. Em consonância ao exposto, substâncias que interferem com o metabolismo lipídico, como é
caso das estatinas, surgem como estratégias auxiliares promissoras no combate ao câncer. As estatinas são drogas comumente prescritas que agem reduzindo o colesterol, através da inibição da 3-
hidroxi-3-metilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase. Nos últimos anos, foi relatado que o uso de estatinas está associado a um risco reduzido de câncer e estudos mostraram que algumas estatinas reduziram a proliferação celular em linhagens de CAM. Dado que o colesterol é um componente lipídico essencial dos microdomínios lipídicos de membrana implicados na ativação de várias vias celulares e
que o colesterol é acumulado em muitos tumores malignos, o presente estudo pretende avaliar, no TNBC, a ação da atorvastatina nos "lipid rafts" e sua modulação do fenótipo CSC/EMT, fenótipo fortemente associado com a quimiorresistência

Data de início: 01/08/2017
Prazo (meses): 48

Participantes:

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Coordenador LETICIA BATISTA AZEVEDO RANGEL
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