Avaliação do ácido rosmarínico como protótipo de molécula para o tratamento do câncer de mama

Resumo: O câncer de mama (CAM) é o tipo que possui a maior incidência e a maior mortalidade na população feminina em todo o mundo. Para o biênio 2012¬2013 foram esperados 1,67 milhões de novos casos dessa neoplasia e 522 mil mortes por câncer nas mulheres em todo o mundo. No Brasil, o cenário do CAM não é diferente, configurando um grave problema de saúde pública com 57.960 novos casos estimados para o ano de 2016 (INCa, 2016). Dentre outros aspectos, a complexidade do CAM se deve ao fato de ser uma doença fenotípica e genotipicamente heterogênea, sendo composta por múltiplos subgrupos associados às características biológicas e morfológicas distintas. Como consequência, há diferentes manifestações clínicas e padrões de resposta às terapias vigentes contra o CAM. Drogas antineoplásicas convencionais são utilizadas para erradicar células malignas, entretanto, recidivas devido à remoção incompleta do câncer e efeitos colaterais graves em órgãos normais são frequentes com a quimioterapia. Por esta razão, novas abordagens para melhorar a eficiência e tolerância aos agentes quimioterapêuticos são urgentemente necessários no tratamento anti¬câncer. Substâncias naturais têm sido uma opção promissora no combate ao câncer, uma vez que 60% dos medicamentos antineoplásicos aprovados são originários da natureza (NEWMAN; CRAGG, 2012). O ácido rosmarínico (AR), classificado como um polifenol, é um éster derivado do ácido caféico e um dos 2017¬6¬29 Renorbio ¬ Proposta de Pesquisa http://www.renorbio.org.br/rnb_pvt/ctl/ctl.php?act=prj.prj_htm&imp=1&idp... 2/11 principais compostos hidrofílicos do Rosmarinus officinalis (alecrim). O AR modula o sistema imunológico, possui ação anti¬microbiana, neuroprotetora, inibe a proliferação celular e induz à apoptose (PETERSEN; SIMMONDS, 2003). Nesse cenário, o ácido rosmarínico surge como uma estratégia promissora no tratamento do CAM. Estudos in vitro e in vivo demonstraram o potencial antineoplásico e quimiopreventivo do AR, modulando vias importantes relacionadas à proliferação, migração celular e quimiorresistência. Portanto, esperamos promover o entendimento acerca das ações do ácido rosmarínico nos regimes terapêuticos convencionais, considerando o interesse clínico, econômico e social de se tratar o CAM de modo eficaz e seguro.

Data de início: 01/08/2017
Prazo (meses): 48

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Coordenador LETICIA BATISTA AZEVEDO RANGEL
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