Estudo in silico de Derivados do G-CSF Humano Como Antibacterianos

Nome: CHRISTINE FACCO SATURNINO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/07/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARCO CESAR CUNEGUNDES GUIMARÃES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DANIEL CLAUDIO DE OLIVEIRA GOMES Examinador Interno
MARCO CESAR CUNEGUNDES GUIMARÃES Orientador
MARIA APARECIDA JULIANO Examinador Externo

Resumo: Ainda que muitas doenças contagiosas tenham sido efetivamente contidas, as infecções bacterianas permanecem como uma das maiores causas de morbidade e mortalidade. Os agentes antibacterianos contribuem significantemente para a redução dessas taxas, sendo essenciais para o tratamentos das doenças causadas por bactérias, no entanto, existe grande preocupação com a prevalência de bactérias resistentes a esses fármacos. Na tentativa de obter novas substâncias com atividade antibacteriana, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial antibacteriano de quatro peptídeos sintetizados, dos quais dois possuem sequência derivada da fragmentação in silico do G-CSF, enquanto os outros dois foram planejados teoricamente, verificando, assim, seu interesse como novos agentes terapêuticos na saúde humana. A avaliação foi realizada em duas etapas: a análise in silico, a qual consistiu em predições de propriedades e parâmetros associados à ação antibacteriana, através de ferramentas computacionais; e o experimento in vitro da concentração inibitória mínima (MIC) dos peptídeos contra bactérias Gram positivas e negativas. A maioria das predições foi favorável para os quatro peptídeos, pois os resultados determinados para hidrofobicidade, anfipaticidade, tamanho, estrutura secundária, carga líquida, potencial de ligação em membrana, meia-vida e índice de Bowman encontram-se dentro dos valores desejados para o potencial antibacteriano. Na análise in silico, apenas a predição algorítmica da atividade antimicrobiana gerou resultados desfavoráveis para os peptídeos com sequências derivadas do G-CSF (peptídeos 1 e 2), porém essa mesma predição foi otimista para os outros dois. Já o ensaio in vitro demonstrou que as concentrações utilizadas dos quatro peptídeos foram insuficientes para a determinação de sua concentração inibitória mínima, porém observou-se considerável diminuição no crescimento de E. coli (58,7%) pelo peptídeo 4 e de E. fecalis (86,1%) e E. coli (54,9%) pelo peptídeo 3, em comparação com o controle de viabilidade. Esses valores indicam a presença de ação antibacteriana por parte dos peptídeos planejados teoricamente (peptídeos 3 e 4), corroborando com as predições computacionais. Dessa forma, é possível concluir que a análise in silico foi de suma importância para a seleção dos peptídeos a serem sintetizados, os quais apresentaram nos ensaios in vitro resultados em concordância com a predição computacional de atividade antimicrobiana.

Palavras-chave: Peptídeos antibacterianos, atividade antimicrobiana do G-CSF, análise in silico.

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