: "INFLUÊNCIA DOS POLIMORFISMOS DE NUCLEOTÍDEO ÚNICO (SNPS) PVUII (T-397INT1C) E XBAI (A-351INT1G) DO GENE DO RECEPTOR DE ESTROGÊNIO α (REα) NO RISCO DO DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DE MAMA (CAM)"

Nome: KLESIA PIROLA MADEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 04/05/2009
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LETICIA BATISTA AZEVEDO RANGEL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FLAVIA DE PAULA (M/D) Examinador Interno
GIOVANNA ASSIS PEREIRA Examinador Externo
IAN VICTOR SILVA Coorientador
LETICIA BATISTA AZEVEDO RANGEL Orientador

Resumo: O câncer de mama (CAM) é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo, sendo o mais incidente e a principal causa de morte por malignidade entre as mulheres. Se diagnosticado e tratado precocemente, o CAM tem bom prognóstico; contudo ainda se carece de métodos absolutamente eficientes para o fim. Especula-se que tenha ocorrido o registro de 50.000 novos casos da doença em 2008, com uma incidência de 51 casos para cada 100.000 mulheres brasileiras. Apesar da pesquisa do CAM esporádico apresentar lacunas, a influência do estrogênio e seus receptores, especialmente o RE&#945;, foi bem documentada. Ademais, tem sido reportado o caráter polimórfico do gene RE&#945; e, nesse contexto, os SNPs PvuII e XbaI são os polimorfismos mais estudados. O presente estudo foi conduzido em pacientes com CAM de bom prognóstico por terem sido diagnosticados precocemente, característica rara dentre as amostras de CAM avaliadas no mundo e que possibilita a identificação de marcadores diagnósticos precoces e de bom prognóstico do CAM. Nossos resultados mostram que o alelo P é mais frequente em pacientes de CAM (p<0,05) que nas pacientes sadias, de modo que esse alelo parece estar envolvido na transformação maligna do epitélio mamário. Não obstante à carência de conhecimento acerca dos mecanismos celulares e moleculares dos SNPs no CAM, demonstramos que o carreamento do alelo P pela mulher aumenta em 5,14 vezes a chance de a mesma desenvolver CAM. Observa-se, ainda, que o genótipo PP (homozigoto para a ausência do sítio de restrição para a enzima PvuII) aumenta em 4,68 vezes a chance de a paciente ter CAM (p<0,05). Por outro lado, uma vez confirmado o diagnóstico de CAM, portadoras do genótipo pp (homozigoto para a presença do sítio de restrição para a enzima PvuII) parecem ter o melhor prognóstico dentre as diversas manifestações do CAM, posto que o referido genótipo se mostra, pelo menos até o presente momento, exclusivo de pacientes com CAM responsivos ao TMX e livres de doença. No que se refere ao polimorfismo XbaI, nossos achados ainda não mostraram correlação significativa entre esse SNP e o risco de desenvolvimento de CAM. Embora seja necessário expandir nosso estudo, aumentando o número de casos, vislumbramos ter estabelecido a importância dos nossos dados em auxiliar o conhecimento de genótipos que influenciam no risco de desenvolvimento de CAM. Isso poderá identificar precocemente mulheres que carregam variantes alélicas, especificamente carreadoras do alelo P, que conferem risco para o desenvolvimento dessa malignidade, de modo a direcioná-las para um rastreamento periódico das mamas, mais frequente que o preconizado para a população em geral, permitindo o diagnóstico precoce para aquelas que venham a desenvolver a doença. Ademais, estratégias terapêuticas mais eficientes podem resultar da triagem genotípica em pacientes com diagnóstico confirmado de CAM, principalmente na indicação de hormonioterapia com TMX em carreadoras do genótipo pp. Isso contribuirá para maiores chances de cura e maior sobrevida para essas mulheres, culminando na redução da mortalidade por CAM, que ainda é muito elevada em todo o mundo.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Marechal Campos, 1468 - Bonfim, Vitória - ES | CEP 29047-105