DIVERSIDADE Genética de Chikungunya no Estado do Espírito Santo

Nome: DIEGO DO PRADO VENTORIM
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 05/03/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
IURI DRUMOND LOURO (M/D) Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DEBORA DUMMER MEIRA Examinador Interno
IURI DRUMOND LOURO (M/D) Orientador
MARCELO DOS SANTOS Examinador Externo

Resumo: A febre chikungunya é uma arbovirose altamente debilitante, causada pelo vírus chikungunya, o qual é transmitido pela picada de mosquitos do gênero Aedes. Em 2014 foram registrados os primeiros casos da doença no Brasil, sendo constatada a presença dos genótipos asiático e Leste/Centro/Sul africano do vírus. No final de 2015, pela primeira vez, foram reportados casos no Espírito Santo (ES) e entre 2016-2017 o estado enfrentou um surto da doença. Diante disso, nós, juntamente à Secretaria Estadual de Saúde/ES e ao Laboratório Central/ES objetivamos identificar qual linhagem do vírus circula no ES; analisar características genéticas virais nas amostras estudadas e levantar dados epidemiológicos sobre a doença no estado. As amostras do estudo foram provenientes do Laboratório Central/ES e referentes ao período de março/2016 - dezembro/2017. O diagnóstico viral foi realizado por sorologia ou por técnicas moleculares. Vinte e sete amostras (diagnosticadas molecularmente) foram utilizadas na amplificação parcial e sequenciamento de dois genes codificantes de proteínas do envelope viral, E1 e E2. Seis dessas amostras foram utilizadas nas análises filogenéticas. Os resultados epidemiológicos demonstraram que no período do estudo foram reportados 2.021 casos suspeitos da febre chikungunya, sendo 412 (20,38%) confirmados. Além disso, a distribuição geográfica desses casos constatou que Vitória e Vila Velha representaram mais de 50% de todos os casos do estado. Os achados mostraram que a frequência da infecção pelo vírus chikungunya, em relação ao número de amostras referenciadas ao Laboratório Central/ES, pode ser considerada baixa. No entanto, constatou-se que a doença apresenta relevância epidemiológica e grande distribuição no estado. Os resultados filogenéticos evidenciaram que o vírus circulante pertence à linhagem Leste/Centro/Sul africana, a qual também foi constatada em diversos surtos na Europa, África e Ásia. Além disso, a caracterização molecular dos fragmentos das proteínas E1 e E2 não mostraram a presença das mutações adaptativas E1-K211E; E1-A226V; E2-L210Q e E2-I211T. Esse resultado permite sugerir que o vírus circulante no ES apresenta um potencial de disseminação menor em comparação aos vírus circulantes em grandes epidemias mundiais recentes. Devido à falta de uma vacina e à dificuldade no controle populacional do mosquito vetor, estudos sobre a diversidade genética como este tornam-se alternativas viáveis em busca de melhor entendimento e controle da febre chikungunya no Brasil e, especificamente, no ES.

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